O Estoril voltou às vitórias e deu um passo gigante rumo à permanência na Liga. Um golo de Rodrigo Gomes, aos 34 minutos, decidiu na receção ao Famalicão, num jogo equilibrado e no qual fez a diferença uma grande finalização do jovem português.

É caso para dizer que, além dos três pontos, três é um número que resulta em história neste jogo.

O Estoril chega aos 33 pontos, põe fim a três jornadas seguidas sem vitórias, ultrapassa desde já três adversários ao fim desta jornada (Rio Ave, Gil Vicente e Boavista) e coloca-se em boa posição para manter-se, a três jornadas do fim. Desde já garantiu que, no pior cenário, só cairá para lugar de play-off.

Depois do empate em Chaves, Vasco Seabra fez três alterações no onze inicial. Além do castigado Tiago Araújo, tirou Guitane e Heriberto e lançou Wagner Pina, João Marques e Fabrício Garcia. Do outro lado e sem os castigados Justin de Haas e Gustavo Sá, Armando Evangelista tirou ainda por opção Sorriso e lançou Mihaj, Óscar Aranda e Puma Rodriguez.

O Famalicão entrou bem, ao ataque e logo aos 44 segundos, após uma fuga de Chiquinho pela esquerda, Jhonder Cádiz rematou colocado em zona frontal, mas Marcelo Carné fez uma boa defesa junto ao poste esquerdo da sua baliza. Os famalicenses estavam bem nos duelos, Aranda entrou confiante e lançou a troca de papéis entre Cádiz e Chiquinho, mas o ex-Estoril viu Carné sair-se bem e evitar a finalização (4m).

Aos poucos, o Estoril assentou jogo e tudo foi estando equilibrado. Duas equipas organizadas, sem pressa e grandes precipitações. A resposta da equipa da casa junto da baliza de Luiz Júnior surgiu após uma sequência de dois cantos de Mateus Fernandes, com Fabrício Garcia a ver o guardião fazer uma boa defesa a um cabeceamento (19m). Ocasião cá, ocasião lá e Mihaj, também após um lance de bola parada, ficou muito perto do golo a cruzamento de Zaydou, mas não deu a melhor direção ao desvio na área (23m).

Quem marcou mesmo foi o Estoril, a partir de uma boa jogada pela direita, aos 34 minutos. Mateus Fernandes cruzou para Rodrigo Gomes finalizar de forma vistosa e eficaz de pé direito. Uma «raquetada» para o fundo da baliza ditaria mesmo o 1-0 ao final da primeira parte, num jogo dividido e equilibrado.

Tal como na primeira parte, o Famalicão reentrou bem no jogo e criou várias aproximações à área do Estoril, com Puma Rodríguez, Óscar Aranda e Jhonder Cádiz a tentarem dar uma sapatada na desvantagem.

Mas foi a partir de um erro do Estoril que o Famalicão criou verdadeiramente uma grande ocasião de golo. Bernardo Vital perdeu a bola na área para Puma Rodríguez e Marcelo Carné acabou por ser... vital para o Estoril, negando o empate a Jhonder Cádiz (55m). Pouco depois, em mais uma má saída do Estoril, Aranda ficou a centímetros do golo num remate frontal (59m), antes de dar lugar à entrada de Otso Liimatta.

O Estoril só conseguiu sacudir alguma pressão a partir da hora de jogo, à boleia de investidas de Rodrigo Gomes pela esquerda e também da capacidade de condução, desarme e definição no passe de Mateus Fernandes. A verdade é que na meia hora final, apesar da tentativa do Famalicão empatar e de o Estoril aproveitar rasgos e saídas rápidas para tentar o 2-0, as equipas não conseguiram ter grande poderio ofensivo para incomodar muito os guarda-redes. Nem mesmo após as alterações e já com Sorriso e Filipe Soares no Famalicão e Guitane e Marqués no Estoril.

Na reta final o, Famalicão tentou tudo por tudo para chegar ao empate, fez por isso e Liimatta teve uma boa ocasião, mas o Estoril defendeu-se bem e os três pontos ficaram mesmo na Amoreira.