Luís Neto está a pouco mais de um mês de terminar contrato com o Sporting, mas, para já, não tem pressa em tomar uma decisão.

Em entrevista ao programa Titulares, da SportTV+, o internacional português preferiu não dar uma resposta concreta sobre o futuro, até porque os leões ainda têm objetivos em jogo esta épcoa.

«Reservo a minha resposta, ainda tenho algumas decisões familiares. Seria injusto colocar o individual como prioridade depois da época que fizemos, e só posso falar como jogador, por isso penso no Desp. Chaves e na final da Taça», afirmou.

«Depois analisarei com a minha esposa e com as pessoas que seguem a minha carreira. Tenho pensado no futuro, mas o meu foco ainda é como jogador. Temos recordes a atingir no encontro com o Desp. Chaves e depois a Taça de Portugal. Não é o momento de falar do meu futuro», acrescentou.

Numa longa conversa, Neto passou em revista alguns dos momentos altos do Sporting nesta temporada, e falou também de vários colegas, como por exemplo Viktor Gyökeres.

O defesa-central elogiou a forma como o avançado sueco se integrou no plantel leonino e enalteceu a capacidade física que tem: «Ele tem muita fome. Lembro-me do jogo para a Taça com o Duminense em que marquei. Ele entrou quando já estava 4-0 e começou a fazer diagonais. Nós pensámos “este não sabe brincar”. Trouxe muita fome e deu um contributo decisivo.»

Neto reservou ainda elogios para Ruben Amorim – «Nunca tive um treinador tão estratégico, todos os jogadores sabem o espaço que têm de ocupar. O mister está numa outra dimensão face ao que estava habituado. É especial», disse – e Francisco Trincão.

«O jogador que via fazer em treino tudo aquilo que estava difícil transportar para jogo era o Trincão. No treino de recuperação era um completo fora de série. Víamos fazer em treino tudo o que faz agora. Tinha conversas com ele e falava com o Paulinho e Esgaio, que o conheciam do Sp. Braga, sobre o que faltava para passar para outro nível. Acrescentou números, jogadas maravilhosas, foi um jogador determinante e fico feliz por dar esse salto. Já não volta atrás. (…) A minha escolha para maior surpresa seria o Francisco.»

Por último, Neto destacou ainda dois jogadores rivais, que estão de saída de Benfica e FC Porto, respetivamente: Rafa e Mehdi Taremi.

«O Rafa é um jogador diferenciador. É o jogador mais difícil de controlar. É difícil ter uma marcação fixa, é muito rápido na condução, é difícil desarmar pela estatura e por ser bom no drible. É muito explosivo, tem muita aptidão para não se lesionar, tem muitos números. Tive o prazer de partilhar com ele momentos na Seleção e, pelo perfil, tenho boas recordações dele. Reconhecemos quando um jogador é craque e o Rafa é um dos craques que Portugal tem», defendeu.

«Prefiro que saia. Criou-nos muitos problemas, e normalmente quando um jogador é muito criticado é porque tem algo que dificulta a vida dos jogadores adversários. Foi um jogador importante para o futebol português», referiu sobre Taremi.